No Museu de História da Arte, um dos mais antigos do gênero no mundo, estão expostas as obras de arte reunidas pela família Habsburgo ao longo dos séculos.
6º dia: Museu de História da Arte, Burggarten e Judenplatz
No nosso último dia em Viena, partimos para fazer uma coisa que ainda não tínhamos feito na cidade: visitar um grande museu. Depois do café da manhã, saímos do hotel e fomos até estação Praterstern. Lá pegamos um metrô até a estação MuseumsQuartier (6 estações, na direção Karlsplatz, linha U2 roxa).
MuseumsQuartier
O MuseumsQuartier é a oitava maior área cultural existente no mundo, contendo edifícios com arquitetura barroca e contemporânea. Nesta área há uma grande variedade de museus e espaços de exibição de mostras de obras de arte contemporânea. Além disso, inclui também um renomado centro de dança internacional, estúdios de produção de nova mídia, estúdios de arte, centros artísticos desenhados especialmente às crianças e uma variedade de outros eventos e festivais.
Caminhamos por aproximadamente 400 metros até chegarmos na Maria Theresien Platz. Esta praça, localizada na Ringstrasse, está inserida em um cenário imperial: entre o Museu de História Natural e o de História da Arte e, do outro lado da Ringstrasse, o Hofburg e, através da Museumsplatz, o MuseumsQuartier. No centro dela, encontra-se um enorme memorial dedicado à imperatriz Maria Teresa da Áustria.
Entramos no Museu de História da Arte (Kunsthistorisches Museum). Neste museu estão expostas as obras de arte reunidas pela família Habsburgo ao longo dos séculos. Ao contrário de outros museus, que se estabeleceram em lugares históricos, este foi projetado com este objetivo e suas salas foram construídas em função do conteúdo, e decoradas de acordo.
Museu de História da Arte – Coleção Egípcia e do Oriente Próximo
Visitamos seus principais departamentos com destaque para a Coleção Egípcia e do Oriente Próximo, uma das maiores do mundo para obras das antigas dinastias do Egito. Iniciada em meados do século XIX, cresceu com aquisições, doações e novos achados em escavações. A sua divisão sobre o Oriente Próximo conta com raridades do sul da Arábia.
Outro destaque é o departamento de Antiguidades Gregas e Romanas, com obras originárias do acervo dos Habsburgos, uma das mais importantes do mundo. Cobre um período desde a Idade do Bronze em Chipre (3000 a.C) até achados eslavos do primeiro milênio antes da era Cristã. Possui peças raríssimas de camafeus e tesouros datando das migrações dos povos bárbaros do início da Idade Média.
Museu de História da Arte – O Tesouro Secular e a Galeria de Pinturas
Não poderia deixar de citar O Tesouro Secular, com peças do mais alto nível em ourivesaria, com mais de um milênio de história. Destaque para as insígnias do Sacro Império Romano-Germânico e do Império Austríaco, incluindo a coroa imperial. É a maior coleção mundial de objetos da realeza europeia medieval, além de contar com uma diversidade de outros itens em joias e uma parte inteiramente dedicada a objetos ligados ao culto, o Tesouro Eclesiástico, com vestimentas litúrgicas, relicários, objetos de altar, etc.
A Galeria de Pinturas é proveniente de uma das mais antigas coleções principescas privadas. Foi fundada em meados do século XVII com obras adquiridas do governador dos Países Baixos. Possui cerca de 1.400 pinturas, especialmente de mestres venezianos como Ticiano, Veronese, Tintoretto, dentre outros.
Um dos departamentos que mais gosto em museus, o Gabinete de Numismática contém mais de 700 mil peças em moedas, medalhas, papel-moeda, ordens e outros itens. Depois de mergulharmos em tanta cultura e riqueza, ficamos admirando a arquitetura interna do museu.
Depois que saímos do museu, cruzamos Hofburg atravessando seu colossal portão Michaeletor até chegarmos na Michaelerplatz. Dali fomos conhecer a Igreja Agostiniana (Augustinerkirche), que foi uma igreja paroquial da corte imperial dos Habsburgos e que abriga o memorial da arquiduquesa Maria Christina da Áustria, de 1805. Depois passamos pelo Museu Albertina, um museu de arte dedicado à preservação e divulgação de uma das mais importantes coleções de artes gráficas do mundo. Apesar de não entramos, é um lugar que merece a visita.
Burggarten
Depois de muito andarmos, resolvemos parar no Burggarten para um lanche. Sentamos num canto dos jardins, pegamos as frutas e pães que trouxemos do café da manhã e lanchamos. Este jardim, planejado em estilo inglês, já foi o jardim real privado da família Habsburgo. Dentre os vários monumentos existentes nele, destaque para o que homenageia o imperador Francisco José I e o famoso Memorial Mozart, com a clave musical formada por flores em sua frente.
Bem ao lado do jardim encontra-se a Casa das Palmeiras (Palmenhaus), uma grande estrutura de vidro e aço que funciona como uma estufa e que também tem um café-restaurante agregado. Além de plantas do mundo todo, é possível ver também uma exposição de borboletas exóticas.
Depois de repormos nossas energias nos jardins, passamos novamente pela Michaelerplatz e fomos até a Praça AM Hof, a maior e mais antiga praça de Viena. A praça é dominada pela fachada barroca branca da Igreja Am Hof, uma igreja originalmente gótica do século XIV.
Judenplatz
Em seguida, passamos pela Judenplatz, uma praça que foi o centro da vida judaica e da Comunidade Judaica Vienense na Idade Média. De uma lado da praça está o Memorial do Holocausto, que faz lembrar um capítulo sombrio da história austríaca.
À noite, fomos até ao Film Festival 2019, evento realizado na Rathausplatz, para encontrar o casal de amigos Vitor e Mariana, que moram em Viena há 4 anos. Muito bate-papo, muita cerveja e petiscos para fecharmos com chave de ouro nossa estadia nesta linda e exuberante cidade.
Roteiro do dia
Veja também:
Dicas e informações
Informações
- Até a construção do Museu de História Natural em 1891, as obras eram mantidas no Belvedere e no Hofburg. Durante a reconstrução da Ringstrasse, foram criados dois monumentais edifícios idênticos, um para abrigar as coleções imperais de arte e outro como Museu de História Natural.
- A coleção do Museu de História da Arte abrange peças desde a antiguidade grega, romana e egípcia até a arte barroca. Está dividida na sede principal em Viena e nos museus subsidiários do Castelo de Ambras e no Museu Lipizzaner, em Innsbruck, e nos palácios de Hofburg e Schönbrunn, também em Viena. Desde 2006, fazem parte do complexo, o Museu de Etnologia e o Museu Austríaco do Teatro.
- O Museu de História da Arte é dividido em diversos departamentos: Galeria de Pinturas, Coleção Egípcia e do Oriente Próximo, Antiguidades Gregas e Romanas, Museu de Éfeso, O Tesouro Secular, Coleção de Esculturas e Artes Decorativas, Gabinete de Numismática, Coleção de Armas e Armaduras, Museu de Carruagens e Departamento de Uniformes, Museu Lipizzaner, Castelo de Ambras, Biblioteca e Arquivo. (Referência: Wikipédia)
- Olhando mais de perto, o Memorial do Holocausto se revela uma espécie de biblioteca invertida, onde os lados apresentam filas e mais filas de livros, com as folhas voltadas para fora, e as portas estão fechadas, sem uma maneira óbvia de abrí-las.
Serviços
- Museu de História da Arte
- Ingresso: EUR 16 euros
- Site: https://www.khm.at/en/ (em inglês)