Os Passos de Anchieta – Vitória até Barra do Jucu

Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Barra do Jucu

Como Vitória é uma ilha, para chegar à Vila Velha realiza-se um trajeto de ônibus fretado até o Convento da Penha. Seguindo sempre pelo litoral, a rota continua pelas praias urbanas de Vila Velha chegando à Barra do Jucu, conhecida como paraíso do surf e das bandas de congo.


Chegada em Vitória

Chegamos em Vitória e, logo depois de deixarmos as malas no hotel, saímos para jantar. Pegamos um ônibus e depois de uma pequena caminhada chegamos ao Shopping Vitória onde comemos no delicioso Outback. Assim que terminamos o jantar, pegamos o ônibus de volta para o hotel já que no dia seguinte começava nossa caminhada de quatro dias. Nesta viagem tive a companhia de um casal de amigos, Wanderley e Ana Lucia, já que minhas companheiras de viagem, Bete e Juju, ficaram doentes.

1º dia: Os Passos de Anchieta – Trecho Vitória-Barra do Jucu (24 km)

Acordamos bem cedo e depois de um café reforçado saímos em direção ao ponto de encontro. Os Passos de Anchieta inicia-se com uma missa às 7 horas da manhã na Catedral de Vitória. Após a bênção aos peregrinos e um leve aquecimento físico, deixamos nossas mochilas no caminhão de apoio e começamos a caminhada. Saímos da Catedral, passamos pelo Palácio Anchieta, caminhamos pela orla de uma enseada, passando pelas Ilhas do Urubu e das Cobras, até chegarmos num lugar onde pegamos um ônibus fretado até o Convento da Penha, em Vila Velha, marco da colonização do Estado e de onde se tem uma bela vista de Vitória, Vila Velha e da ponte que liga as duas cidades.

Brasil - Espirito Santo - Vitoria - Catedral Metropolitana
Vitória – Catedral Metropolitana
Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Convento da Penha
Convento da Penha
Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Convento da Penha
Convento da Penha

Vila Velha

Depois de visitarmos o Convento da Penha, e seguindo sempre pelo litoral, passamos por algumas praias, como a do Ribeiro, até chegarmos num ponto de apoio na Igreja de Santa Luzia. Depois de comermos algumas frutas e bebermos água, a rota continuou pelas praias urbanas de Vila Velha: Praia da Costa, Itapoã e Itaparica, com seus quiosques contrastando com os modernos edifícios. Vale citar aqui que tinham diversas pessoas montando os tapetes de sal no calçadão da orla, homenagem à Corpus Christi.

Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Praia do Ribeiro
Vila Velha – Praia do Ribeiro
Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Praia da Costa
Vila Velha – Praia da Costa

Mais alguns quilômetros e chegamos na Reserva Ecológica de Jacarenema, uma área de proteção ambiental situada na Barra do Rio Jucu que possui uma vegetação de restinga de Mata Atlântica em bom estado de conservação. Ali tivemos o único contratempo da caminhada: um rapaz de moto que dava apoio aos andarilhos nos orientou a andarmos juntos pois tinham alguns pivetes de bicicleta roubando os peregrinos, mas graças a Deus nada aconteceu.

Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Reserva Ecologica de Jacarenema
Vila Velha – Reserva Ecológica de Jacarenema

Depois de 24 km de muito sol e reflexão, chegamos em Barra do Jucu, conhecida como paraíso do surf e das bandas de congo, e onde, após atravessar a Ponte da Madalena, termina o primeiro dia de caminhada. Como nosso hotel ficava na praia de Itaparica, também em Vila Velha, pegamos uma van até lá. À noite, saímos eu e Wanderley para jantar um delicioso beirute num restaurante na orla da praia de Itaparica, em Vila Velha.

Brasil - Espirito Santo - Vila Velha - Barra do Jucu
Vila Velha – Barra do Jucu

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Dicas e informações

Serviços

  • Guarda-mochilas
    Preço: R$ 8,00

Informações

  • Esta caminhada anual, promovida pela ONG ABAPA – Associação Brasileira dos Amigos dos Passos de Anchieta, acontece sempre no feriado de Corpus Christi, beneficiando-se do feriado nacional, já que o percurso total demanda quatro dias. Os Passos de Anchieta é cumprido em jornadas diárias médias de 4 a 5 horas, por quem tem o hábito de caminhar regularmente, ou de 6 a 7 horas, pelos mais sedentários.
  • Este roteiro é marcado por aspectos ecológicos, históricos, religiosos e culturais. É o quarto desse tipo existente no mundo; os outros três são: os caminhos de Santiago de Compostela, na Espanha; a trilha da Terra Santa, em Jerusalém; e a de Roma, na Itália.
  • No início de cada trecho fica um caminhão guardando as mochilas dos andarilhos, que serão recolhidos ao final do trecho. Com isso o ideal é reservar pousadas/hotéis ao longo do percurso. Cobra-se um valor para este serviço, que em julho/2015 foi de R$ 8,00.
  • A Abapa monta pontos de apoio, conhecidos como “oásis”, aos andarilhos em intervalos constantes. Neles são fornecidos água, frutas (principalmente maçã, banana e tangerina) e medicação para as câimbras, bolhas e torções. Na ocorrência de algum caso mais grave, há ambulâncias prontas para remoção de acidentados. Para aqueles que desistem, existe a possibilidade de pegar uma carona nos carros de apoio da organização.
  • Nos pontos finais de cada trecho existem até camas para massagem e relaxamento.
  • As credenciais devem ser carimbadas nos postos para que no fim do percurso o andarilho receba o certificado de participação. É preciso ter pelo menos metade dos 16 carimbos, para comprovar o cumprimento do trajeto.
  • Referência: site da ABAPA

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